domingo, 26 de agosto de 2012

Da dor.

Filha da mágoa sou
Ignota minha dor
Percorre pelas veias
Apagando-se no vinho

Acovardada estou
No escândalo do funeral
Da morte de todos os sonhos
Desse universo tão banal

Peço no primeiro ponto
De parada dessa confusão
Um chá que me cure
Da cura da dor, da falta de ilusão

Um concreto me circula
Circuncisa a quentura do tormento
Fecha as portas do coração
Para toda maneira de emoção

Iluda-me! Busque-me!
Salve-me do limbo anestésico
Onde minha mãe mágoa se afoga
Sem me deixar sequer um pai
Nesse oceano, morrerei órfã


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