Filha da mágoa sou
Ignota minha dor
Percorre pelas veias
Apagando-se no vinho
Acovardada estou
No escândalo do funeral
Da morte de todos os sonhos
Desse universo tão banal
Peço no primeiro ponto
De parada dessa confusão
Um chá que me cure
Da cura da dor, da falta de ilusão
Um concreto me circula
Circuncisa a quentura do tormento
Fecha as portas do coração
Para toda maneira de emoção
Iluda-me! Busque-me!
Salve-me do limbo anestésico
Onde minha mãe mágoa se afoga
Sem me deixar sequer um pai
Nesse oceano, morrerei órfã
domingo, 26 de agosto de 2012
As Manhãs.
De todas as manhãs
Só três que me alegram
As que eu vejo perambulando
O amor que me afeta
Anda por aí
Finge que nem viu
Passa do outro lado
Nem pra mim sorriu
Nessas manhãs
Tudo sempre é mais alto
Tudo sempre tem mais cheiro
De par que escolhi errado
Tudo sempre é parecido
Com as manhãs passadas
Quando você entrava com um sorriso
E me deixava encabulada
Nas manhãs frias
Vejo seu casaco
Procuro-te aflita
Com medo do diálogo
Imaginei-te de todas as formas
Poderia lhe contar
Se não fosse por conta
De afastar de mim teu olhar
Irrealizável
Como sempre tivera de ser
Meus amores são sempre frustrados
O que poderia eu fazer?
Amei-te no tempo errado
De outra tens de ser
Tens de ter cuidado
Para não cair no meu prazer
Poderia te ser fatal
A você caberia escolher
Entre o erro e a moral
De encontrar-me com você
Onde quisesse o tempo
Onde coubesse o nós
Onde houvesse luz
Onde te fosse melhor
Mas vou afastar meu devaneio
E retomar o teu contexto
Sei que lê de bom grado
Aquilo que escrevo
São então em versos encabulados
Que monto à ti essa canção
Para que meu amor, ainda calado
Finalmente tenha vazão
Porque ainda que não realizado
Me faz bem ao coração
Só três que me alegram
As que eu vejo perambulando
O amor que me afeta
Anda por aí
Finge que nem viu
Passa do outro lado
Nem pra mim sorriu
Nessas manhãs
Tudo sempre é mais alto
Tudo sempre tem mais cheiro
De par que escolhi errado
Tudo sempre é parecido
Com as manhãs passadas
Quando você entrava com um sorriso
E me deixava encabulada
Nas manhãs frias
Vejo seu casaco
Procuro-te aflita
Com medo do diálogo
Imaginei-te de todas as formas
Poderia lhe contar
Se não fosse por conta
De afastar de mim teu olhar
Irrealizável
Como sempre tivera de ser
Meus amores são sempre frustrados
O que poderia eu fazer?
Amei-te no tempo errado
De outra tens de ser
Tens de ter cuidado
Para não cair no meu prazer
Poderia te ser fatal
A você caberia escolher
Entre o erro e a moral
De encontrar-me com você
Onde quisesse o tempo
Onde coubesse o nós
Onde houvesse luz
Onde te fosse melhor
Mas vou afastar meu devaneio
E retomar o teu contexto
Sei que lê de bom grado
Aquilo que escrevo
São então em versos encabulados
Que monto à ti essa canção
Para que meu amor, ainda calado
Finalmente tenha vazão
Porque ainda que não realizado
Me faz bem ao coração
(25/06/20011)
segunda-feira, 20 de agosto de 2012
No pequeno pedaço da noite
Já tão roubada, tão sugada
Posta estou novamente
Penso nas nuvens
Deslocada do ponto
Embaraçada nos cantos
Amargurada no ventre
Cansada na mente
Mentindo pras horas
Do sono que demora
A manhã virá branca
Branda em seu ímpeto
Ficarei presa no limbo
Sem par, sem cara
A vazia cama fala
A diante a vida seguirá
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