E o anseio
De tão coagido
Atinge sua borda
Desprende
E corre
Sai de seu limite
E apressa a busca
Pelo infinito ardor
Daquele que pulsa
Que engrandece
E escorre pelos lábios
A calmaria e a ânsia
Limítrofes, não se couberam
Invadiram-se na loucura da calma
E na calmaria do desejo
Emaranharam-me a alma
Renderam-me aos seus gracejos
A ânsia louca
Queima e corre
Penetra e sai
Busca louca
A saciedade
Daquilo que
Nos meus limites
Já não guardo mais
Inquieto na quietude
O delirante anseio
Toma conta da cena
E numa incoerência
Genuína na falta
Plena no vazio
Expulsa, expira, explode
Em letras jorradas
Estiradas mortas no papel
A vontade exacerbada
Daquilo que já não é meu
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Críticas são sempre bem vindas. :D